quarta-feira, 11 de março de 2009

O Machucador

Eu acho que é só sobre o amor. A universalidade, sabe? E os tipos de amor. Eu percebo, agora, o quanto eu amo a Laura. Ela mexeu tanto comigo, como nenhuma outra mulher... É tão estranho isso! Eu nunca achei que me apaixonaria. Ainda mais pela Laura! E eu ainda a mandei tirar o bebê... Eu acho que a gente sabe tão pouco da vida que ignora coisas simples como o amor e a felicidade pura e plena. O homem brinca de viver, e vive de machucar! Mas não brinca de machucar. Ele machuca mesmo e fere fundo... Fundo demais. A minha vida sempre foi machucar e ser machucado. A Raquel me machucou e eu a machuquei; a Laura me machucou e eu tentei, mas não consegui machucá-la. E não, não foi por causa do meu filho; por mim, ela tirava aquela criança, Mas não, ela não quis, preferiu fugir. Fugir de mim, da Raquel, da minha vida e da minha culpa. Mas agora eu aprendi: a vida é um carrossel de tristezas, alegrias, dúvidas e emoções. E a gente passeia por ela, subindo e descendo nas ondas nas nossas dores e virtudes. Um carrossel desgovernado que acelera cada vez mais, enquanto aquela música nos ensurdece e as luzes nos cegam até ele nos cuspir e arremessar dali violentamente. (pega uma arma) Agora eu aprendi: o meu carrossel já desgovernou há muito tempo. (se mata)

Matheus Marques

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