E aí recomeço... Recomeço a escrever, a devanear, a tirar os pés do chão. Como adoro essas viagens por todos esses âmbitos do querer, do sonhar...! É claro que se muito metafísico, perde a graça... O interessante é justamente a dimensão real do sonho, pois pra que sonhar se não almejamos, em alguma instância, a realização? "Somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos, basta acordar-se para dentro...".
Assim, continuo. Irei firme, prometo, nessa dupla ação idealizadora/realista, procurando acordar-me e reciclar-me para dentro. Relendo, revisando, revivendo cada frase proferida, escrita, pensada, sentida. Nesta dupla missão, senão como duplo, eu dublo uma voz que me antecede. Uma voz como um personagem - que sei que sou - todo voz, mas todo voz passiva e voz ativa; todo voz proferida e voz escutada; todo (semi)agente e (im)paciente.
Ponta-cabeçamente e semi-conscientemente, e todo neologisticamente, encerro. Encerro apenas o texto. Além dessas poucas palavras nada muda. Por entre seus espaços, por entre o teclado e a conjuração, por entre o toque e o aparecer, tudo se esvai ou tudo se cria, e se cria tanto até transbordar. Transborda de sonho, de luz, de amor - de um amor digno de ser sentido. Mas sabe... Pode deixar transbordar. Transbordar é bom, quando de cima para baixo - e não de baixo pra cima, como nesse texto..
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