terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eletricidade

Só pode ser essa a explicação... Deve haver alguma coisa que foge do meu corpo em direção ao seu. Um fogo, uma química, uma energia... Eu diria, simplesmente, eletricidade. Algo que pulsa em mim, em direção a você, e que de você, parte para mim.

Quem sabe, um feixe de luz incolor e invisível. Após atravessar o meu corpo, eriçando cada fio de cabelo, desprende-se desse meu enorme sentimento, em direção a você. Sem saber, o mesmo processo ocorre identicamente em você, emitindo essa espécie de rajada luminosa em direção a mim.

O encontro é eletrizante. Sem conseguir alcançar seus trocados destinos, essas energias encontram-se no meio do caminho, flutuantes no ar. É impressão minha ou estariam dançando? Enquanto reconhecem a presença uma da outro, dançam no ar, imitando formas, renovando elétrons, criando novas cores e espaços.  

Enquanto ali estão, parece que o tempo parou. Não sentem os minutos a passar. Até que, regidos por sua própria velocidade, os feixes de luz, num milésimo de segundo, sentem-se estáticos. Parecem conseguir enxergar um ao outro, sentir um ao outro, como se fundissem suas energias e, num micro instante, fossem apenas um. E como fogos de artifícios, no segundo seguinte, difundem-se, explodem, espalham-se por todo o espaço, tornando essa eletricidade vinda de mim, ou de você, parte do que está entre nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário