Buscando uma forma de começar esse texto, não encontrei outra, senão o toque. A hora em que nos tocamos tão suavemente, que foi possível até sentir nossos sentimentos transbordando pelas pontas dos nossos dedos. Você deitado no chão. Eu sentado ao lado do seu corpo, observando-o enquanto recuperava-se. O sorriso ocupava meus lábios ao mesmo ritmo em que seu indicador deslizava por parte da minha perna. Seus olhos estavam fechados, mas podia sentir seu coração aberto. Minha mão percorria seus cabelos com mais ternura que esperei sentir naquela noite. Achava que a ternura havia sumido com a raiva que ora senti. Enganei-me. Acho que não há raiva que consiga plenamente suprimir a ternura de um coração. Entre murmuros, palavras foram trocadas. "Tá bom o carinho?". "Aham... Que primeira impressão você terá de mim?". "Já tenho, há muito, uma impressão sobre você... Relaxa." Sorrisos se trocaram e nenhum outro texto foi falado. Ficaram apenas ali, no silêncio, expressando-se assim, sem palavras. Assim:
Latuf nos deixou. Andará por Pasárgada, Vênus, as mais belas estrelas.
Poetas não morrem, se transformam. Latuf pulsa e brilha, energia cósmica.
Esteja ond...
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