segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Prometeu Acorrentado

Por que você não me obedece? Hã? Por quê?! Por favor... Seria tão melhor... Para todos, sabe? Por que você não, simplesmente, faz o que eu mando, o que eu quero? É muito egoísta da sua parte, sabia? Ficar me causando todo, todo... Esse sofrimento gratuito... Essa dor, sabe? Esse vazio tão frequente que sinto. Eu te odeio, sabia? É uma coisa meio paradoxal odiar meu coração, que me dá a vida, mas no seu caso, também dá a morte! A morte de sentimentos, de esperanças, de perspectivas... Essa morte lenta e congelante que sentimos de vez em quando, sabe? E vem, e vai e volta. Volta para me trazer, mais uma vez, a dor. E não uma dor qualquer. Uma dor singular, diferente... É uma espécie de dor sem dor. A dor da dúvida. Se há dúvida, não se sabe se há ou não dor, efetivamente. Não se sabe se há ou não, praticamente, razão para dor. E essa sim... É a pior dor. A dor que vem, que vai, que retorna, que machuca, que me alucina... Que é a minha sina.

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