segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mensageiro de Bergerac

Chame assim ou como quiser. Mensageiro? Cyrano? Isabel? Escolha a sua referência, a ideia será a mesma: o elo. O vínculo, a maldita e impiedosa ligação. Escolha como, escolha por meio de que, não importa. O conflito será o mesmo, a dor, também, assim como o fato.
No rosto, o máscara liberta-se em si mesma, prendendo-me a verdadeira expressão que se deseja (?) passar. No sorriso, um mundo de autotragicidade, autocomicidade, ou se preferir um belo 'auto-humor-pirandelliano'. Sim, essa mistura preenche-me os lábios tão agitados, a palavrear a torto e a direito, também como útil ferramenta do disfarce.
Então, é a isso que me resumo? Disfarce? De quem? De mim, de você, do mundo? De tudo o que me circunda, me amedronta, me afronta, me ataca. E de tudo que quero circundar, amedrontar, afrontar, atacar.
Que esse meu humor pirandelliano cresça, trazendo o sentimento do contrário às suas últimas consequências a mim mesmo. E aí, então, eu possa recomeçar. Quem sabe, recuperado...

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