segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sobre Nós

É diante da vastidão do mundo que percebo o quanto eu sou pequeno, e diante da complexidade do homem que noto como a natureza é simples!
De indivíduos, o mundo transborda; todos com seus "tudos", com suas muitas vidas e seus próprios mundos. Se pensássemos que, assim como nós, cada outra pessoa também possui amores, desejos, amigos, sonhos e tudo que a define como é, se percebêssemos isso, a vida seria tão mais bela! As relações seriam mais ricas, a harmonia, mais real. As pessoas seriam mais reais, e seria bem mais fácil o ser humano ser empático - o que acredito ser a solução para grande parte dos problemas do mundo.
E, ao mesmo tempo, esse turbilhão de informações a que chamamos 'homem' curva-se tão resignadamente diante do esplendor da natureza sobre si e sobre a sua quase nulidade, em comparação ao apreciado. Acho lindo isso... Acho, por mais que o próprio homem não saiba, que é um retorno ao que deveria ter continuado a ser a própria essência do homem; é da natureza que tudo surge, e a ela que tudo retorna. Então, acho lindo perceber que o homem, às vezes, lembra-se disso, quando a realidade estética da natureza toma-lhe o controle e, senão pelo uso do sublime, mostra ao homem a sua essência e meio que o coloca em seu ligar: "Desce do palco, homem, quem manda aqui sou eu!"

Um comentário:

  1. Matheus,
    somos tão importantes quanto os grãos de areia que confortam a breve estadia de quando vamos a praia.
    Muitos pensam que ter a mesma importância é uma ofensa. Sentem-se os essenciais da Terra, não parte integrante da natureza, mas parte além, tão sublime em seu racicínio lógico.
    Mas o que esse tão sublime raciocínio lógico tem criado?
    Simplesmente homens que não respeitam as plantas. Simplesmente homens que não se curvam perplexos diante da obra de arte natureza da qual estão cercados.

    Adorei o texto! Adorei a reflexão que me convidou a ter! =)

    Beijos!

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