domingo, 14 de novembro de 2010

Nada em Tudo

É estranho e ao mesmo tempo maravilhoso como as coisas têm dado certo pra mim... Nossa...! Estou tão grato que mal consigo escrever. A faculdade, não poderia ter me encontrado melhor em outro lugar. Os trabalhos, os contatos, as oportunidades que me surgem... Às vezes até me assusto, enquanto estendo minhas mãos aos céus e agradeço. Peço proteção e pergunto-me se mereço tanto...

Mereço? Pensando agora, lembro de algumas pessoas que, certamente, diriam que 'sim'. Mas a intenção é refletir mesmo. Mereço? Com tanta gente por aí? Não quero me depreciar. Já fiz isso por tempo demais. Eu não sei, sinceramente, não sei. Mas agradeço e luto. Sempre, luto.

E no meio disso tudo, o meu coração vem e grita. Grita "e eu?". Eu paro. Olho pra ele, e, desviando o olhar para os cantos, digo algo como "Ih é, você está aí, né?".

- Sim, estou. Por mais que você, ou outra pessoa não se deem conta disso.
Eu retruco:
- Como assim, não me dou conta disso? Eu penso, eu vejo, eu sinto você a todo instante. Com pesar, com pena, mas penso... Sabe, coração, eu estou sempre buscando soluções. Pra mim e pra você. É que Às vezes, demora...
- Eu to cansado de esperar!
- Eu sei, coração. Eu juro que sei...

E eu tentei, assim como venho tentando, conversar com ele. Ele, por sua vez, está meio irredutível, sabe? Quer alguém, quer um outro coração pra lhe fazer companhia.

Então, é como se eu tivesse o nada no meio do tudo. Tudo está dando certo, graças a Deus. Mas e esse pontinho? Significa que nunca estaremos plenamente felizes? Que há um rodízio na vida do homem, a fim de que este não se acomode?

Um edifício no meio do mundo. Um sinal no meio de uma ponte. Uma lua no meio da noite. Um coração no meio de um corpo.

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