segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Turbilhão


Ele olhava pelo lado de fora da janela. Fingia a calma; fingia a tranqüilidade. Era um vulcão por dentro. Não de lava, de... Ahm, deixa pra lá...
O turbilhão mental mais intenso que de costume. A impaciência e inquietação... O relógio contando os segundos bem alto ao pé do seu ouvido, torturando-o com aquele melódico tic-tac.
A espera fazia a sua cabeça girar. Apesar de não saber bem o que esperar, esperava. Talvez a companhia, a compreensão, a identificação com esse... Com toda essa... indecisão, essa dúvida presente no ar! E sufocada pelo mesmo, ou quem saber, pela sua ausência. Ele percebera o nítido cair do sol embalado pelo covarde tic-tac que o remetia ao seu próprio lugar e à sua própria solidão...
Solidão de pessoas, pois de pensamentos, não havia do que reclamar... Era quase uma brain storm... Era incontrolável... Em todos os momentos vagos de qualquer assunto, revia o fato, a surpresa, o inesperado, e talvez até a coincidência.
Meio difícil assimilar o inesperado.
Mas ainda assim, essa brain storm gerou uma série de reflexões, alcançado certas boas conclusões...

Talvez se trate apenas de universalidade.
De um olhar mais universal. Menos racional e mais emotivo. Será que há tantas barreiras assim no mundo contemporâneo? A nossa contemporaneidade tem, realmente, nos inibido a sensibilidade? Ou será que a culpa seria dos nossos, digamos, padrões e comportamentos pré-estabelecidos?

" A nossa contemporaneidade nos enlouquece. No amor então... Surgiram situações tão sem modelo anterior... Que o melhor é não entender. Buscar soluções novas, munidos de um imenso e desmedido amor."
(Domingos Oliveira)

(Não tentem entender, esse é um insight meio inside)

Matheus Marques

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