sábado, 9 de janeiro de 2010

Far Away

Eu fico aqui pensando, nesse momento solitário, no que ando fazendo ou pensando ou sentindo. Foram tantas as coisas que eu falei e que me falaram que, agora, ao som de 'Far Away', reflito: estou eu tão distante? Do que era, do que já fui, do que já gostei de ser? Será? Num primeiro momento, acho que não. Continuo a ser o que sempre fui, talvez um pouco mais, paradoxalmente à vontade - quando essa sensação alterna-se com a tensão - e definido. Mas ao mesmo tempo em que sinto isso, flagro-me tão... Eu não sei exatamente. Diferente talvez, do que eu gostaria de ser, mas não sou. Ou do que gostaria que fosse, que fizessem de mim e não o fazem. E acho curiosa, talvez até, cínica a forma com que me posto em situações perante outros. Aí sim, parece outro. E eu não entendo, já que não é outro, eu sei que sou eu e assim me reconheço. Então, qual o problema? Talvez eu não queira ser daquela forma. Talvez eu não queira ser nada disso. Ou talvez eu simplesmente queira e queria que os outros quisessem também. Sim, nesse caso seria muito melhor. Mas somos homens e lidamos com fatos. Fotos, idealizações, não cabem a nós. Somos homens, somos máquinas, somos isso. Então... Pensemos como... Isso?

Um comentário:

  1. "Todo momento de achar é um perder-se a si próprio." (C.L.) (:

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