sábado, 24 de outubro de 2009

Absorção


As nuvens, quando espalhadas, preenchendo o céu, lembram-me muito de mim mesmo. Sei lá, tudo em mim, dentro de mim, sobre mim. São as várias coisas que rondam a minha mente sem parar, causando-me tanta dúvida, tanta desordem, tanta... Eu não sei... É uma sensação completamente estranha. Que causa-me um - mais estranho ainda! - sorriso. É, um sorriso. É como se todas essas incertezas fundissem-se numa única sensação de alegria, ou de gratidão, sei lá, por estar vivo. Eu sei que para uns, isso certamente representa uma visão (ultra)romântica da vida, mas e daí? Eu já disse, sou um romântico bobão. O curioso é essa coisa de como tudo, o ambiente, as pessoas, as nuvens no céu, a música aos meus ouvidos, exercem tanta influência sobre mim. Talvez eu seja uma daquelas pessoas que absorvem tudo das outras. Talvez eu seja uma daquelas que param na chuva, deixando-se encharcar apenas para aprender a sentir tudo como é. Talvez eu simplesmente seja. E só. Porque eu não preciso de mais nada para ser, eu posso simplesmente ser, e é isso aí. Assim, simples como um ponto final.

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