
Chego e traço a minha estratégia: "começo por esse lado, perto da Fnac, da U2, vou pelo piso de cima, se eu vir alguma coisa legal, entro na loja, vejo o preço de algumas coisas, se gostar anoto o nome da loja e do que gostei". A princípio, estava tudo ótimo. Entrei na U2, dei uma olhada numas coisas legais e tal, e saí, segui meu rumo à próxima parada que foi a Borelli, onde vi outras coisas interessantes. Um parêntesis: o carinha da U2 - e eu adorei isso! - simplesmente ficou falando no telefone até EU, sim, EEEEUUU ir procurá-lo! Por que os outros lojistas não aprendem com ele o que é deixar um cliente à vontade?! Eu odeio me sentir um pedaço de carne quando entro na TACO e vem 526 atendentes em cima de mim, quase gritando "carne fresca! comissão!". Aliás, pra que taaanto empregado assim na TACO? Meu Deus do céu, é uma seita aquilo lá? Enfim, segui meu caminho, indo parar na loja da C&A. Sim, eu não tenho problema nenhum com a C&A. Apesar das pessoas falarem isso e aquilo da C&A, da Renner, e essas lojas assim, tipo, qual o problema?! Meu Deus, também tem roupas bonitas lá. Boas calças, camisas, bermudas, e aí? Se eu não comprar lá eu vou comprar roupa onde? Nessas cinquenta mil lojas onde você compra uma camisa branca, lisa, sem estampa, nem porra nenhuma por 125,00?

E foi aí que eu percebi uma coisa: meu Deus, eu estava ali. No meio daquilo tudo... De bolsas, de compras, da venda de ideias que eu jamais concordei, de uma massificação de falsos valores e costumes de ostentação, estereotipação, marcados por símbolos. E, de repente, eu queria possuir esses símbolos. A grande - e vital - diferença era: eu queria possuir mercadorias bonitas, seja da C&A, da Cavalera, da Citycol, ou do camelô da Taquara. E me senti autêntico mais uma vez; genuíno mais uma vez. Me senti o Matheus mais uma vez.
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