segunda-feira, 26 de outubro de 2009

No Covil das Cobras

Hoje à tarde tive que ir ao Barra Shopping para ver a roupa do meu níver partes 1 e 2. E eu percebi simplesmente que eu odeio shopping e tudo o que ele representa! Sério! Tudo bem, é óbvio que eu vou continuar indo ao shopping por questões de necessidade, é a vida, mas, meu Deus, que lugar horrível! Vamos a minha saga...
Chego e traço a minha estratégia: "começo por esse lado, perto da Fnac, da U2, vou pelo piso de cima, se eu vir alguma coisa legal, entro na loja, vejo o preço de algumas coisas, se gostar anoto o nome da loja e do que gostei". A princípio, estava tudo ótimo. Entrei na U2, dei uma olhada numas coisas legais e tal, e saí, segui meu rumo à próxima parada que foi a Borelli, onde vi outras coisas interessantes. Um parêntesis: o carinha da U2 - e eu adorei isso! - simplesmente ficou falando no telefone até EU, sim, EEEEUUU ir procurá-lo! Por que os outros lojistas não aprendem com ele o que é deixar um cliente à vontade?! Eu odeio me sentir um pedaço de carne quando entro na TACO e vem 526 atendentes em cima de mim, quase gritando "carne fresca! comissão!". Aliás, pra que taaanto empregado assim na TACO? Meu Deus do céu, é uma seita aquilo lá? Enfim, segui meu caminho, indo parar na loja da C&A. Sim, eu não tenho problema nenhum com a C&A. Apesar das pessoas falarem isso e aquilo da C&A, da Renner, e essas lojas assim, tipo, qual o problema?! Meu Deus, também tem roupas bonitas lá. Boas calças, camisas, bermudas, e aí? Se eu não comprar lá eu vou comprar roupa onde? Nessas cinquenta mil lojas onde você compra uma camisa branca, lisa, sem estampa, nem porra nenhuma por 125,00?

Gente, eu não entendo isso! Tipo, ok, "é a marca, você paga pela marca". Quer dizer que eu vou pagar 100,00 a mais por um produto igual pra OSTENTAR - odeio essa palavra - uma marca? Gente, sou eu o errado? O idiota, alguém, por favor, me responde, só eu discordo dessa ilógica?!
E foi aí que eu percebi uma coisa: meu Deus, eu estava ali. No meio daquilo tudo... De bolsas, de compras, da venda de ideias que eu jamais concordei, de uma massificação de falsos valores e costumes de ostentação, estereotipação, marcados por símbolos. E, de repente, eu queria possuir esses símbolos. A grande - e vital - diferença era: eu queria possuir mercadorias bonitas, seja da C&A, da Cavalera, da Citycol, ou do camelô da Taquara. E me senti autêntico mais uma vez; genuíno mais uma vez. Me senti o Matheus mais uma vez.

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