sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Estrada


Sigo por aquela que a tudo me leva.
Vagueio sem rumo, apenas por vagar.
Esperando o momento em que o horizonte me tragar,
E voltar, em sonho, à sina que me espera.

Caminho olhando em direção a grande luz.
Dela, me aproximo ansiosamente.
Aguardo o momento de penetração da mente
Por ela que, sempre, a todo instante, me seduz.

Passeio por ela, mil histórias compartilha.
Contos de amores, de dores, de pranto, de pesar.
A ela, costumam os sofredores escapar
Do mal que os fere, os agride, os humilha.

Reparo sua trilha, seu rastro permanente...
Dezenas, centenas, milhares transitores.
Inúmeros, diversos, incontáveis genitores
De histórias, das memórias do seu asfalto decadente.

És relicário, mausoléu, guardiã de histórias nossas.
Conforta-nos, enleia-nos, distrai-nos com tua beleza.
Mas o que tem de infinita, também tem de esperteza,
E guarda em seu asfalto, espaço a novas bossas.

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